Fédon - Platão
Narrativa feita por um companheiro do filósofo Sócrates, Fédon de Élis.
Fédon é um dos grandes diálogos de Platão de seu período médio, juntamente com a A República e O Banquete. Fédon, que retrata a morte de Sócrates, também é o quarto e último diálogo de Platão a detalhar os últimos dias do filósofo depois das obras Eutífron, Apologia de Sócrates e Críton. A filosofia é uma "preparação" para a morte, mediante na qual a alma escorre do corpo e prossegue sua existência (eis a reminiscência). Numa resposta a Símias e a Cebes, Sócrates rebate a tese pitagórica da alma como "harmonia" e também aquela de Anaxágoras de existência de uma "inteligência cósmica"; logo em seguida propõe novos argumentos em direção da imortalidade e do destino das almas, e descreve, em forma de um mito, as novas moradas da alma após a morte. O Fédon é a história de uma morte, aquela de Sócrates, e ao mesmo tempo, é a fundamentação do nascimento da metafísica ocidental, que a partir desse espetáculo texto vem à luz. O conto do último dia de Sócrates no cárcere de Atenas se transforma para Platão, o lugar decisivo para construir outro discurso sobre a morte: um discurso diferente daquela da religião, da arte ou da ciência, um discurso que não se limita a um novo modo de teoria, mas efetiva um entrelaçamento da morte com a filosofia num abraço indissolúvel.
Gênero: Filosofia, Política, Ciências Sociais
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