Horror Noire - Robin R. Means Coleman
Desde que Ben colocou ordem na casa em A Noite dos Mortos-Vivos (1968), de George A. Romero, ver um personagem negro como herói nos filmes de terror se mostrou possível - e pra lá de necessário.
A Noite dos Mortos-Vivos é um clássico cult agora, e foi uma das maiores contribuições de Romero para o gênero e para a mídia, contudo, já se passaram cinquenta anos desde que o filme exigiu que nos perguntássemos o que era mais assustador: zumbis comedores de carne, ou aquilo que fazemos uns com os outros diariamente?
O terror, como gênero que desafia limites, tem sido um lugar para explorações provocativas de racialismo e racismo bem como alternativas na cultura popular estadunidense. E muito se tem pesquisado e escrito sobre a história dos negros no cinema, mas até agora sua presença - ou ausência - nos filmes de terror tem sido relegada a um único capítulo ou a várias notas de rodapé.
Para contribuir com a narração histórica da negritude no cinema de gênero, a Dra. Robin R. Means Coleman - professora norte-americana nascida e criada na mesma cidade que Romero e Tom Savini - desenvolveu uma pesquisa profunda com a análise das imagens, influências e impactos sociais dos negros nos filmes de terror desde 1890 até o presente.
Coleman afirma que o terror oferece um espaço representativo único para desafiarmos as imagens mais negativas e racistas vistas nos meios de comunicação. Sua ampla pesquisa cronológica do gênero para o livro Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror inclui grandes produções de Hollywood, filmes de arte, blaxploitation e as emergentes produções de horrorcore inspiradas pela cultura hip-hop.
Gênero: Antropologia Política, Ciências Sociais
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